A Chevrolet vende no Brasil apenas o Camaro SS, com motor 6.2 de 406 cv, por R$ 221.900. Agora começa a chegar, por importação independente, uma versão ainda mais nervosa do esportivo, a ZL1 - que parte de R$ 280 mil na versão com câmbio manual e R$ 299 mil na automática. Um dos grandes ícones entre os muscle cars, o Chevrolet Camaro tem quatro décadas de história e desperta paixões por onde passa. Ele ficou ainda mais bonito com a reestilização do ano passado, que atingiu capô, para-choques e lanternas e aprimorou um desenho que já era bastante imponente.
Se a aceleração do Camaro SS já era empolgante, a versão ZL1 entrega ainda mais adrenalina. Nela, o motor 6.2 V8 Supercharger entrega 588 cavalos. É o Camaro mais potente que já foi produzido. Mesmo com tanta fúria sob o capô, ele consegue ter uma tocada dócil para a cidade, embora não seja propriamente um carro de uso urbano. Pisando leve, o ronco do motorzão se torna suave e a maciez e o conforto do modelo sobressaem.
O único senão é a visibilidade, que fica um pouco prejudicada pela área envidraçada do carro, que é bastante limitada, aliada à posição baixa de dirigir. O motorista às vezes se sente dentro de um bunker.
Se o Camaro "normal" já tinha um visual agressivo, o ZL1 vai além. Com enormes entradas e saídas de ar no capô e gigantescas rodas de 20 polegadas, o esportivo apaga qualquer menção de Munhoz e Mariano com uma densa nuvem de fumaça.
Cantar pneus na arrancada, aliás, é coisa para jovens donos do Camaro SS "comum". Quem está atrás do volante forrado com alcântara do ZL1 deixará exibicionismos e Mustangs para trás em quatro segundos. Este é o tempo que o modelo leva para sair do zero e chegar aos 100 km/h. Se o pé direito continuar no assoalho, o ZL1 não para até chegar aos 295 km/h de velocidade máxima. O Camaro ZL1 adota dois perfis distintos para seu uso diário, selecionados ao toque de um botão. Mais manso, o modo Tour deixa a suspensão mais macia e reprograma assistência de direção, motor e câmbio (automático de seis marchas) para tornar o passeio de seus dois ocupantes mais agradável.
Feito para as pistas de corrida e locais fechados, o modo Sport revela o lado negro do ZL1. Nele, todos os 580 cv e 76,8 kgfm de torque são despejados sem dó nos pneus 305/35 feitos pela Goodyear exclusivamente para o modelo. Como no Corvette (e algumas Ferrari), os amortecedores magnéticos permitem grandes estripulias ao volante ao mesmo tempo em que punem imprudências com impactos nada agradáveis em sua coluna.
Além do motor mais potente, o Camaro ZL1 inclui itens de série como freios da italiana Brembo nas quatro rodas, rodas de alumínio com 20 polegadas, controle de estabilidade e tração adaptativos (StabiliTrak e Mangnetic Ride Control) e opcionais como o sistema multimídia e de navegação MyLink com rádio via satélite SiriusXM.
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